quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Da nossa Seleção - ROQUE JÚNIOR



A série Da nossa Seleção traz um aniversariante do último dia do mês de agosto. Há exatos 35 anos, o mineiro José Vítor Roque Júnior nascia na modesta cidade de Santa Rita do Sapucaí

O zagueiro passou pelo Santarritense, em sua cidade natal, mas se transferiu para São Paulo, onde jogou no São José. Neste time do interior paulista, em 1995 o jogador chamou atenção da diretoria do Palmeiras, que o levou para o time do Palestra Itália.



Após quatro anos de destaque na zaga palmeirense, ROQUE JÚNIOR foi convocado para a Seleção Brasileira pela primeira vez. Na temporada seguinte, o jogador recebeu proposta do futebol italiano, e saiu do país para vestir a camisa do Milan.



Em paralelo às oito temporadas que passou no exterior (boa parte delas vestindo a camisa do rubro-negro italiano), Roque Júnior continuou a ser convocado para vestir a camisa do Brasil por treinadores como Vanderlei Luxemburgo, Emerson Leão e Luiz Felipe Scolari. Felipão, que já havia treinado o jogador no Palmeiras, o convocou para o Mundial de 2002. Formando trio de zaga com Lúcio e Edmilson, Roque chegaria ao ponto máximo da carreira de um atleta - a conquista da Copa do Mundo.

Com uma trajetória que incluiu passagens pelo futebol inglês, alemão e árabe, Roque Júnior voltou em 2008 ao Palmeiras para encerrar sua carreira. Passado um ano fora do futebol, Roque Júnior se dedicou a um projeto social feito pelo São José, seu primeiro clube no estado de São Paulo. No ano passado, o zagueiro ensaiou uma volta ao futebol atuando pelo Ituano (clube presidido por Juninho Paulista), mas que durou pouco.



Brasil campeão de 2002. Da esquerda pra direita, Roque Júnior é o terceiro de pé.

domingo, 28 de agosto de 2011

O melhor do Brasil - PRIMEIRO TURNO



O Campeonato Brasileiro vai chegando hoje ao final do primeiro turno, e dez dos 23 convocados para o amistoso entre Brasil e Gana (no próximo dia 5) passearam pelos gramados do país afora. Eis os nomes listados por Mano Menezes:



Fábio, do Cruzeiro (goleiro)



Jefferson, do Botafogo (goleiro)



Danilo, do Santos (lateral)



Dedé, do Vasco (zagueiro)



Ralf, do Corinthians (volante)



Lucas, do São Paulo (meia)



Paulo Henrique Ganso, do Santos (meia)



Ronaldinho Gaúcho, do Flamengo (meia e atacante)



Neymar, do Santos (atacante)



Leandro Damião, do Internacional (atacante)

Fotos: R7

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O Por Dentro das Copas quer saber: dos atuais convocados de Mano Menezes, qual foi o melhor do primeiro turno deste Brasileirão? Fique à vontade para comentar no nosso blog e também em nossas mídias sociais:

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Zico assume seleção Iraquiana e projeta apoio da torcida do Fla em 2014


Acreditando não ser impossível a classificação da Seleção Iraquiana para a Copa de 2014 no Brasil, Zico não esquece o carinho dos rubro-negros e espera contar com o apoio da "Nação" caso o Iraque participe da Copa do Mundo aqui no Brasil. A presença de Zico é uma estratégia do Iraque para usar o futebol como fator de pacificação no país.

Seu projeto é ainda maior, Zico pretende estar a frente da seleção Iraquiana até a Copa de 2018 e embarcou ontem para o Iraque junto com o preparador físico Moraci Sant'anna para sua estréia que será na próxima sexta-feira contra a Jordânia, pelo Grupo A da terceira fase das eliminatórias asiáticas para 2014. Quatro dias depois, o Iraque encara Cingapura. A chave conta ainda com a China. Os dois primeiros colocados dos grupos avançam para a quarta fase, quando as dez seleções serão divididas em dois grupos de cinco times. Assim, os dois líderes e os dois vices se classificam para a Copa, enquanto os dois terceiros farão mata-mata para decidir quem enfrentará o quinto colocado da América do Sul na repescagem.

Zico se mostrou confiante com as possibilidades da Seleção Iraquiana e com relação a violência do país também não demonstrou maiores preocupações.

- Não é um sonho nos classificarmos para a Copa. A safra de jogadores é muito boa. Já conheço bem o futebol iraquiano, eles conquistaram a última Copa da Ásia com o meu amigo Jorvan Vieira (treinador), que foi meu colega de faculdade - disse o Galinho.

Foto: Fred Gomes/Globoesporte.com

domingo, 21 de agosto de 2011

Mundial Sub-20: Brasil é Penta em noite de Oscar



Com três gols do Colorado Oscar, o Brasil derrotou Portugal de virada e garantiu o título do Mundial Sub-20. A vitória brasileira teve sabor de vingança da derrota sofrida para os portugueses nos pênaltis na decisão do Mundial de 1991. Depois de 1983, 1985, 1993 e 2005, o Brasil voltou a conquistar a competição, garantindo assim o Penta Campeonato.

Logo aos cinco minutos Oscar mostrou seu cartão de visitas. Sua cobrança de falta venenosa da intermediária acabou com o sonho do goleiro Mika em estabelecer um novo recorde em Mundiais Sub-20. Até então sem buscar a bola no fundo das redes na competição, Mika vinha de 619 minutos sem levar gols mas Oscar garantiu o Brasil a manutenção de um recorde - entre 1985 e 1987 o Brasil ficou sem levar gols por exatos 634 minutos.

Mesmo saindo na frente, a alegria durou pouco. Quatro minutos depois, Alex empatou para os portugueses, que viraram o jogo aos 14 minutos do segundo tempo com Nelson Oliveira, em lance que contou com a colaboração do goleiro brasileiro Gabriel.

O time de Ney Franco se mostrava nervoso e as entradas de Negueba e Allan surtiam pouco efeito. Após a virada portuguesa, Ney Franco sacou Philippe Coutinho, que vinha em noite apagada, e colocou em campo seu talismã Dudu. O time passou a buscar alternativs pelas laterais e aos 33 do segundo tempo Dudu mandou para a área, Mika espalmou e a bola sobrou para Oscar balançar novamente as redes.

Com o empate o jogo foi para a prorrogação e o que se viu foi um jogo aberto com as duas equipes buscando o gol. Mas a noite era mesmo de Oscar, aos 6 minutos do segundo tempo, em lance pela direita, o meia acertou um golaço de fora da área, em chute que mais parecia que seria um cruzamento e além de garantir o penta para o Brasil, entrou para a história ao ser o primeiro jogador a fazer três gols em uma decisão de Mundial.

O Brasil ainda teve a chance de ampliar com Henrique, que levou a chuteira de ouro e o título de melhor jogador da competição, mas o 3 a 2 estava de bom tamanho e a festa foi da garotada brasileira.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Seleção em busca de uma liderança



"O líder que o Brasil precisa agora". Assim Mano Menezes definiu a convocação de Ronaldinho Gaúcho para o amistoso da Seleção Brasileira contra Gana, em Londres no dia 5 de setembro. O meia campeão da Copa do Mundo de 2002 e atualmente jogador do Flamengo foi o nome mais falado entre os jornalistas na entrevista coletiva realizada num hotel na orla de Copacabana.

A justiça por suas boas atuações desde o Campeonato Estadual e a capacidade de ser líder de uma grande equipe como o Flamengo foram alguns dos argumentos enumerados pelo treinador. Além disto, Mano afirmou que Ronaldinho Gaúcho está incluído em seus planos para a Copa de 2014, por sua forma física e por sua técnica. O técnico rechaçou a ideia de que os outros veteranos convocados tenham vindo para evitar novos resultados ruins: "Não estou preocupado com resultado imediato a qualquer custo. Não estou querendo manter o meu emprego a qualquer custo. Tenho emprego pelos próximos dez anos".

Sobre o risco do capitão flamenguista não atuar na partida contra o Corinthians (no Pacaembu, dois dias depois do amistoso em Londres), antes do início da coletiva o assessor da CBF, Rodrigo Paiva, declarou que haverá um planejamento para que os jogadores que atuam no Brasil possam voltar a tempo, e não comprometer as partidas do Brasileirão. Mano Menezes também se manifestou sobre o assunto, dizendo que sempre vai ter equipe prejudicada e que também já passou por isso quando estava do outro lado. "Mas a prioridade tem de ser a Seleção Brasileira". Os corintianos vão ceder o volante Ralf.

Dentre os jogadores que voltaram depois de algum tempo fora, o lateral Marcelo, do Real Madrid (visto como "desafeto" de Mano), foi explicado com "Em nenhum momento vou priorizar minhas relações. Quero o melhor para a Seleção". Em relação a Hulk, do Porto, o técnico disse que nunca teve atrito com o centroavante. Outro centroavante no elenco, Leandro Damião teve nova chance porque, como dizem muitos jornalistas, "é o artilheiro do Brasil".



Mano Menezes esclareceu que a ausência de André Santos não significa que o lateral tenha sido descartado, e também falou que em breve começará a incluir nas convocações jogadores com idade olímpica. A jovem surpresa foi Danilo, lateral-direito e volante do Santos. "Mas da geração muito bem treinada por Ney Franco devo aproveitar mais alguns nomes".

A apresentação acontecerá no dia 30 de agosto, e a princípio vai desfalcar sete equipes do Brasil em duas rodadas do Campeonato Brasileiro. "Também acho que seria melhor que em épocas de amistosos do Brasil não tivessem rodadas da competição, e quem sabe até a gente pudesse ter o calendário adequado ao calendário europeu" - confessou Mano, que tentou tranquilizar os clubes com a frase "O campeonato não é decidido em uma rodada só". Argumento que não parece ser muito convincente, em especial para quem está brigando pela ponta do Campeonato Brasileiro.

Foto de Ronaldinho Gaúcho retirada do site Espírito Esportivo

Foto de Mano Menezes tirada por Vinícius Faustini


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Os convocados para Brasil x Gana:

GOLEIROS

Julio César (Inter de Milão)
Fabio (Cruzeiro)
Jefferson (Botafogo)

LATERAIS

Daniel Alves (Barcelona)
Danilo (Santos)
Marcelo (Real Madrid)
Adriano (Barcelona)

ZAGUEIROS

Lúcio (Inter de Milão)
Thiago Silva (Milan)
David Luiz (Chelsea)
Dedé (Vasco)

VOLANTES

Lucas Leiva (Liverpool)
Ralf (Corinthians)
Luiz Gustavo (Bayern de Munique)
Elias (Atlético de Madri)

MEIAS

Paulo Henrique Ganso (Santos)
Lucas (São Paulo)
Fernandinho (Shakhtar)

ATACANTES

Alexandre Pato (Milan)
Robinho (Milan)
Neymar (Santos)
Hulk (Porto)
Ronaldinho Gaúcho (Flamengo)
Leandro Damião (Inter)

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sábado, 13 de agosto de 2011

Da nossa Seleção - Especial ZAGALLO (Parte 3)



Justamente quando a folha do calendário marca o dia 13 - que Zagallo considera seu número da sorte - o Por Dentro das Copas traz a lembrança daquela que é dita por muitos como a melhor Seleção Brasileira de todos os tempos. Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza, Everaldo, Clodoaldo, Gérson, Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivellino trouxeram em definitivo a Taça Jules Rimet para o Brasil. Todos sob o comando de Zagallo.



Depois da eliminação prematura na Copa de 1966 (ainda na primeira fase, ficando com o décimo-primeiro lugar tendo uma vitória e duas derrotas), a Seleção Brasileira passou a ser comandada pelo jornalista João Saldanha. Saldanha classificou o Brasil para a Copa de 1970 com 100% de aproveitamento, mas acabou sendo demitido do cargo por motivos que até hoje dão margem para a dúvida. Uns dizem que foi o empate em 1 a 1 com o Bangu num amistoso. Outros, por ser filiado ao Partido Comunista. Também se especula que ele se recusava a se submeter às diretrizes do então presidente da CBD, João Havelange. Mas o folclore associou sua demissão a uma declaração ao estilo "João Sem Medo". O presidente Emílio Garrastazu Médici pediu a convocação do atacante Dadá Maravilha. João respondeu: "o presidente escala o Ministério e eu escalo a Seleção!".

Para seu lugar, foi chamado Zagallo, que passou a ser treinador em 1967 e teve uma sequência de títulos em seu primeiro clube - o Botafogo. Além dos Cariocas de 1967 e 1968, o alvinegro foi campeão da Taça Brasil (que, ao lado do Campeonato Brasileiro de 1995 o maior título nacional da história do clube).


O escrete canarinho partiu rumo ao México, de onde voltou com o recorde de seleção que venceu todas as partidas que disputou na Copa do Mundo. Foram seis vitórias em seis jogos (somente em 2002, no penta sob o comando de Luiz Felipe Scolari, este feito foi igualado). Vieram partidas históricas, como o 1 a 0 sobre a Inglaterra do goleiro Gordon Banks, o 3 a 1 sobre o Uruguai, acabando com o "fantasma" de 20 anos antes e a fantástica vitória por 4 a 1 sobre a Itália na decisão.




A taça do mundo era nossa!


O título manteria Zagallo por mais uma Copa do Mundo. Entretanto, em 1974 o sucesso não foi o mesmo. Sem muitos jogadores que estiveram no México, o Brasil se classificou no limite na primeira fase, após empates sem gols com Escócia e Iugoslávia e uma vitória por 3 a 0 sobre o modestíssimo Zaire.



Sem se encontrar em nenhum momento, o Brasil não foi páreo para a "Laranja Mecânica" na semifinal. Após o 2 a 0 sofrido para a Holanda, a Seleção Brasileira daquele ano se despediu com outra derrota - o 1 a 0 para a Polônia deixou o Brasil em quarto lugar. Só que, 20 anos depois, Zagallo voltaria a estar num vitorioso banco de reservas. Assunto para o próximo post.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Da nossa Seleção - Especial ZAGALLO (Parte 2)



A homenagem a Zagallo na série Da nossa Seleção chega a 1962. Quatro anos mais velho - assim como boa parte da Seleção Brasileira presente na decisão, que à exceção de Bellini, Orlando e Pelé, era a mesma que disputou a final na Suécia em 1958 - o Formiguinha prosseguia como titular no Chile.

Em território chileno, Zagallo também marcou somente um gol nos seis jogos que disputou: o primeiro brasileiro na Copa, iniciando a vitória por 2 a 0 sobre o México, na estreia em Viña del Mar. Na campanha de um Brasil que depois da segunda partida teve a ausência de Pelé por lesão, Zagallo ajudou Amarildo a não sentir o peso de substituir o camisa 10 mais famoso do mundo e também contribuiu para que Garrincha se tornasse o grande nome da competição.

Após o jogo do título - vitória por 3 a 1 sobre a Tchecoslováquia - Zagallo também derramou suas lágrimas. O então jogador do Botafogo, que naquele ano ainda ganhou pelo alvinegro o Campeonato Carioca e o Torneio Rio-São Paulo, dava sua contribuição à nossa Seleção.

Oito anos depois, ele voltaria a dar sua contribuição para o futebol brasileiro. Mas isso é assunto para um próximo post da série Da nossa Seleção.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Da nossa Seleção - Especial ZAGALLO (Parte 1)



A série Da nossa Seleção traz a partir de hoje uma homenagem a um dos ícones do futebol brasileiro - dentro e fora de campo. Há exatos 80 anos, Mário Jorge Lobo Zagallo nascia em Maceió. Mas não seria da capital alagoana que ele passaria a ser conhecido.

Depois de começar a carreira no América e passar sete anos no Flamengo (onde foi tricampeão carioca nos anos de 1953/54/55), Zagallo chegou ao Botafogo em 1958. E em 1958, deu início à sua trajetória na Seleção Brasileira.

Presente nos seis jogos da campanha daquela Copa, Zagallo marcou seu único gol naquele ano justamente na decisão contra a Suécia. Dois gols de Vavá e dois gols de Pelé ajudaram a construir a vitória por 5 a 2 - título aplaudido até mesmo pelo rei sueco em Estocolmo.

Oito anos depois de muitos brasileiros chorarem a perda da Copa de 1950, no Maracanã, o Brasil voltava da Europa marcado pelo choro de emoção de Zagallo, Pelé e de todo o elenco que viveu este primeiro título da Copa do Mundo. E assim, o "Velho Lobo" começava a fazer parte DA NOSSA SELEÇÃO.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Rumo ao Penta

A Seleção Brasileira sagrou-se campeã das Eliminatórias Sulamericanas da Copa do Mundo de Beach Soccer com uma bela vitória sobre a Argentina pelo placar de 6 a 2. Em setembro a Seleção embarca para Ravenna na Itália em busca do penta campeonato da Copa do Mundo.

Quem vê o placar e não viu o jogo não sabe das dificuldades que o Brasil teve na partida. Mesmo com as duas Seleções ja classificadas para a Copa do Mundo, Brasil e Argentina vai ter sempre muita rivalidade. O primeiro tempo começou com as equipes se estudando e uma marcação forte, às vezes desleal. E foi assim que com poucos minutos de partida a Seleção Argentina ja apresentava uma baixa. O defensor Franceschini sofreu um corte no pé numa dividida com Buru e teve que sair da partida. A Seleção Brasileira demorou pra achar seu jogo e a Argentina só não abriu o marcador porque o goleiro brasileiro Mão estava nos seus melhores dias, tendo feito duas defesas em sequência em chutes do camisa nove De Ezeiza, atracante argentino que levou perigo a area brasileira durante toda partida. Mas depois de muita correria e algumas pancadas o primeiro tempo acabou em zero para as duas equipes.

No segundo tempo talvez por instruções do técnico Alexandre Soares, o Brasil voltou melhor e pressionou de forma mais precisa a Argentina, fazendo com que o goleiro Mendoza trabalhasse também. Contudo o jogo continuava ríspido, e numa dividida entre Daniel e Leguizamon o brasileiro levou a pior e teve que deixar a partida direto para o hospital. Segundo os médicos ele teve uma luxação e um rasgo grande no pé, o que quase gerou uma fratura exposta. Mesmo com a saída do seu melhor defensor a Seleção Brasileira não desanimou e conseguiu seu primeiro gol através de André em bela cobrança de falta no ângulo, sem chances para Mendoza. O gol trouxe a tranquilidade que o Brasil precisava, e em mais uma boa jogada de André fez o segundo gol, o atacante foi até a linha de fundo pela direita e cruzou, precipitadamente o zagueiro argentino Dallera se antecipou a Mendoza e fez contra. Foi o terceiro gol contra a favor da Seleção Brasileira na competição.

Na terceira etapa as duas seleções resolveram deixar a truculência de lado e jogar futebol e os gols começaram a sair com naturalidade. Sidney marcou o terceiro do Brasil mas nem deu muito tempo pra comemorar pois De Ezeiza, num belo gol de bicicleta marcou para os argentinos. Depois foi a vez de Buru malandramente cavar um penalti gerando muita reclamação dos jogadores argentinos que queriam falta fora da área. Buru cobrou e marcou o quarto gol brasileiro, sétimo dele na competição. Com 4 a 1 no placar o Brasil deu uma relaxada e numa bobeada de Jorginho, De Ezeiza novamente deixou o dele. Depois do gol Buru foi cobrar de Jorginho que não gostou e os dois discutiram asperamente tendo que a turma do deixa disso intervir para que não ocorresse nada mais grave. Com 4 a 2 no placar o jogo voltou a ficar tenso mas Benjamin tratou de tranquilizar e fez um belo gol, o quinto brasileiro, o gol da vitória. Faltando poucos segundos para o fim Anderson ainda deixou o dele, completando a goleada brasileira e a festa nas areias de Copacabana.

Bruno Malias ganhou o troféu de artilheiro da competição com 12 gols e também foi eleito o melhor jogador, enquanto Mão foi eleito o melhor goleiro.

Por Dentro das Copas no Twitter: http://twitter.com/insideofcups

Foto 1: crédito de Vinicius Faustini.

Foto 2, 3, 4, 5, 6: crédito de João Tavares (Dão)


domingo, 7 de agosto de 2011

Venezuela da superação



Ao estender sua bandeira no Mundial de Beach Soccer de Ravenna, a Venezuela fez a superação falar mais alto na disputa pela terceira vaga sul-americana. Mesmo quando estava em desvantagem no placar, a seleção seguiu à risca a recomendação de seu capitão Edgar no intervalo do primeiro para o segundo período: "Calma, hay que tener calma". E tendo calma, os venezuelanos derrotaram a Colômbia por 5 a 2 na decisão do terceiro lugar.



No primeiro período, a impressão era de que a Colômbia seria soberana em campo. Mal começou a partida, Pérez já abriu o placar. Pouco depois, Cristo marcou o segundo. Com a vantagem, o time colombiano passou a esperar a iniciativa do adversário. Afobada, a Venezuela desperdiçava chances de ataque sucessivamente.



Após o intervalo, os gols continuaram a acontecer - e, curiosamente, na mesma rede do período anterior. Com mais segurança do que no início da partida, a Venezuela achou os espaços para a virada, construída por Miguel, Longa e Landaeta. E, apesar da vantagem, a equipe treinada por Roberto de Cavallos se manteve atenta na etapa final para não repetir o local onde a bola estava entrando nos períodos anteriores.



Disposta a balançar também a outra rede, a Venezuela sacramentou a vitória com dois gols. O primeiro, em uma pintura de Marcos, que do campo venezuelano encobriu Bolaño (que entrou na reta final). Em seguida, Miguel recebeu bola e, após driblar o goleiro colombiano, tocou para o fundo da rede. Estava consolidada a classificação venezuelana para a Copa do Mundo de Beach Soccer de 2011. No limite, na superação e nas lágrimas de seus jogadores.

sábado, 6 de agosto de 2011

Brasil vence Bolaño e está no Mundial de Beach Soccer



Oficialmente, na semifinal o Brasil enfrentaria a Colômbia. No entanto, nos três períodos do jogo realizado na Arena de Copacabana, o que a torcida assistiu foi a um embate entre a Seleção Brasileira e o camisa 1 colombiano. Bolaño se tornou uma verdadeira parede e fez tudo o que pôde para impedir que o time brasileiro vencesse (ainda mais pelo dilatado placar de 6 a 2).



No início, a Seleção Brasileira até deu a impressão de que faria uma semifinal sem grandes sustos - a um minuto e quinze, o Brasil já estava com dois gols de vantagem, marcados por Benjamin e André. Entretanto, depois que Moshamer diminuiu o marcador em lance de bola parada, a equipe de Alexandre Soares começou a duelar com Bolaño.



Na troca de passes (muitas vezes em momentos bonitos aplaudidos pela torcida), os jogadores brasileiros envolviam a Colômbia, que recorria às faltas para tentar pará-los. Mas o recurso não funcionava por causa do camisa 1 colombiano. Sabendo da elasticidade de Bolaño, muitos cobradores dos tiros livres e dos pênaltis desperdiçavam as cobranças de tanto tirarem do alcance do goleiro.


Mas aos poucos a Seleção Brasileira teve tranquilidade tanto para chegar outras vezes à rede colombiana - com mais um gol de André e outros de Daniel, Bruno Malías e Anderson - quanto para não deixar os adversários jogarem. A Colômbia fez apenas mais um gol, em bola parada de Moshamer, e tentará ir para Ravenna com um triunfo sobre a Venezuela na decisão do terceiro lugar, amanhã às 11h15.



Às 12h30, será a vez da Seleção Brasileira mostrar sua maturidade. Afinal, não basta dizer "vejo você em Ravenna". Na partida contra a Argentina, a Arena de Copacabana quer ter como despedida das Eliminatórias uma vitória tão convincente quanto as dos jogos anteriores.

Ao final o jogador Jorginho deu entrevista ao Por Dentro das Copas:

Tango para Ravenna



Drama, agressividade e o limite entre a tristeza e a explosão de alegria. Por mais que não se queira cair na mesmice de usar a metáfora do tango para falar da Argentina, a comparação ficou inevitável na vitória por 3 a 2 sobre a Venezuela, na semifinal das Eliminatórias Sul-Americanas de Beach Soccer. Até a sirene que anunciava o fim do terceiro período da partida, os argentinos eram só apreensão pela garantia da vaga na Copa do Mundo de Beach Soccer.



E a Argentina do técnico Francisco Petrasso tinha motivos para isto. Mal conseguiu vencer a forte marcação venezuelana com um gol marcado por Larrieta, em seguida sua equipe sofreu o gol de empate com Miguel. Era a senha de mais uma partida complicada. No segundo período, Gianluca conseguiu um feito inédito na competição: deixar os argentinos atrás do placar.




A vaga na final escorreu entre os dedos por quatro minutos - até um pênalti convertido por Dallera igualar novamente o placar. O relógio corria e aos poucos os treinadores usavam suas armas. Do lado argentino, a velocidade de Vivas e Levizamon. Na Venezuela, o técnico Roberto de Cavallo colocava Gianluca como "goleiro-linha" e ele tentava os chutes de longa distância. Em vão.



Veio o terceiro período. Depois de uma pressão intensa na área adversária, Franceschini conseguiu marcar o terceiro gol. Gol que apenas mudou o lugar da pressão - agora, os reservas argentinos pressionavam os companheiros a fazerem mais um. Cada chance desperdiçada era recebida com lamento. Um lamento que foi embora ao final da partida. O verso final anunciou a ida da Argentina para Ravenna.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Com Chave de Ouro

A Seleção Brasileira de Beach Soccer encerrou sua participação na primeira fase das Eliminatórias da Copa do Mundo com mais uma vitória por goleada, ficando na liderança isolada do Grupo A. A vitória por 7 a 0 veio de forma tranquila, como ja estavam classificados em primeiro, a seleção não se esforçou tanto, talvez se poupando para as semifinais.

O Brasil entrou em campo com seu quinteto reserva, que deixava claro que o técnico Alexandre Soares queria poupar seus atletas. Mas logo abriu o marcador com Anderson, em menos de um minuto de jogo. Um minuto depois o venezuelano Miguel fez gol, só que contra, ampliando o marcador a favor do Brasil. Foi o segundo gol contra a favor do Brasil no torneio. Sidney marcou mais dois gols e o Brasil fechou em 4 a 0 o primeiro tempo.

Na segunda etapa a seleção diminuiu bastante o ritmo e parecia querer fazer mais jogo bonito do que gol. Foram praticamente 12 minutos de firulas e tentativas de golaços de bicicletas e voleios em vão. O unico gol do período veio através do caçula Fred, em cobrança de penalti.

Apesar do sol, fez muito frio em Copacabana, e os jogadores que estavam no banco de reservas sofreram bastante com ele. O goleiro mão se encolhia o máximo que podia e reclamava do frio a todo instante. No terceiro tempo, talvez pelo placar "magro" de cinco a zero a Seleção Brasileira mostrou mais seriedade e vontade de fazer gols, e ele veio através de Benjamin, num belo voleio. Golaço que saiu naturalmente, sem firula. O artilheiro Bruno não havia marcado ainda e parecia nervoso com isso. A cada oportunidade perdida por um companheiro ele pedia a bola, não queria passar em branco, e após bela jogada pela esquerda, André cruzou e faltando pouco mais de vinte segundos para o fim Bruno deixou o dele, sétimo do Brasil e décimo primeiro do artilheiro da competição. Na arquibancada VIP os ex craques da praia Junior Capacete e Junior Negão aplaudiram a Seleção Brasileira por mais uma vitória.

Pelas semifinais o Brasil joga contra a Colombia, e a Argentina faz a outra partida contra a Venezuela. Os jogos começam as 11h15 de sábado.

Ao final da partida o capitão Benjamin conversou com o Por Dentro das Copas:

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ao fim, a redenção



Quando defendeu a cobrança de pênalti do chileno Torres, e deu ao Peru seu derradeiro triunfo nas Eliminatórias Sul-Americanas de Beach Soccer, o goleiro Laurie foi recebido com festa por seus companheiros de seleção. Não só pelo resultado, uma vitória nos pênaltis e os únicos dois pontos conquistados nos quatro jogos. Para um camisa 1 que começou a partida com o Chile barrado pelo goleiro Riofrio, ter feito a diferença num jogo igual até no resultado após o tempo normal e a prorrogação - 5 a 5 - já valeu à pena.


A partida entre Chile e Peru foi talvez a mais nivelada por baixo na competição. A alternância de superioridade acontecia de acordo com os gols - os peruanos começaram bem, abriram o placar com Salas e depois, inexplicavelmente, caíram de produção no ataque. Os chilenos então começaram a avançar até, no minuto final do primeiro período empatarem.



Em jogo com nova boa atuação de Medina, a Seleção Chilena por três vezes ficou na frente e poderia engrenar em busca de uma vitória. Mas em todas tropeçou nas próprias pernas e deixou o Peru, em dia inspirado de Vidal, sempre empatar.



Após o 4 a 4 no tempo normal, na prorrogação foi a vez da Seleção Peruana estar na frente, com um belo gol de voleio marcado por Salas. No último dos três minutos programados pelo regulamento, finalmente o Peru parecia ter decidido o jogo. Entretanto, a 19 segundos do fim, Mena sacramentou o empate. Para, nas cobranças alternadas, o Peru se redimir de todo o fiasco das Eliminatórias. Primeiro, com a bela cobrança de Castro (o melhor jogador de sua seleção). E, em seguida, para redimir o desacreditado goleiro Laurie. Estava escrito nas cabeças dos jogadores do Peru o desejo de dar uma última alegria à sua pátria de Beach Soccer.

Por Dentro das Copas entrevista André, do BEACH SOCCER

Vinícius Faustini faz entrevista com o jogador André, atacante da Seleção Brasileira de Beach Soccer, após a vitória do Brasil sobre o Chile por 10 a 4 (na qual o atacante marcou dois gols):

Goleada e exemplo



Por mais que o placar não tenha sido tão elástico quanto nos dois primeiros jogos das Eliminatórias, o 10 a 4 sobre o Chile foi o mais interessante para o Brasil até o momento. O público de Copacabana pôde ver a Seleção Brasileira de Beach Soccer lidando com adversidades que não tinham acontecido nos dias anteriores - e também ver as maneiras como esta equipe busca contorná-las.

Contra o excesso de faltas, a tentativa de não usar isto como artifício de trapaça. Das faltas marcadas, não se pode acusar qualquer jogador brasileiro de simulação. Provocação adversária também não foi usada como argumento para perder a cabeça.



E um fato inédito nestas Eliminatórias: o Brasil esteve com o placar adverso durante uma parte do jogo. Mas em nenhum momento o semblante de seus jogadores era de irritação ou desespero. Ninguém começou a apelar para chutões sem direção. Muito menos pegar a bola e tentar driblar todos os adversários na tentativa de se tornar "o herói do jogo".



Assim, a vitória voltou às mãos do Brasil com naturalidade. Por ser a equipe que mais apresentou vontade de ganhar. Por ser a equipe que mais tinha qualidade no confronto. E por sempre querer jogar de igual para igual com o time chileno.

Ser o Brasil não foi pretexto para desdenhar do Chile que ia de Jordy a Medina, de Ponce a Mena. Ser o Brasil do Beach Soccer era fazer por merecer os gols de André, Buru, Sidney, Anderson e Bruno Malías durante os 36 minutos. Muitas equipes - de todos os tipos de futebol e de todos os demais esportes - deveriam seguir o exemplo da Seleção Brasileira de Beach Soccer.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

"Vamo, vamo!"



A expressão mais usada entre os jogadores argentinos serve para mostrar a grande qualidade da equipe das Eliminatórias Sul-Americanas de Beach Soccer: em nenhum momento a Argentina deixa de lutar. Nem mesmo num jogo lá e cá, como foi o encontro com o Uruguai - já tão tradicional também no futebol de campo.

Os argentinos variam entre um gol vindo de uma cobrança de lateral que virou lançamento (como o marcado por De Ezeyza) e um lampejo de genialidade, no qual Leguizamon é capaz de deixar goleiro e defensores uruguaios caídos na areia enquanto a bola vai para a rede. Vão da luta de Dallera à habilidade de Vivas.

Do outro lado, o Uruguai foi incansável. Incansável nas divididas, venenoso nos chutes que parecem despretensiosos mas ganham direções variadas por causa da areia irregular. E, em especial, fez de sua grande arma o cabeludo camisa 3 Marcelo. Preciso para, a qualquer hora, desviar de cabeça algum chute que viesse da defesa. Entretanto, nem mesmo tanta luta fez com que os uruguaios em algum momento ficassem na frente do placar.

Atrás do placar foi sinônimo de não sonhar mais com a classificação - ainda mais depois do goleiro Leandro, o substituto do suspenso Diego, se machucar. O atacante Matías até tentou ajudar ficando no gol, mas apenas sofreu o golpe de misericórdia em chute de Larreta. 5 a 3, terceira vitória argentina. E já se pode até cogitar uma partida muito disputada dos hermanos contra o Brasil.

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Foto: João Cláudio Tavares

Vitória que faz sonhar e triunfo da despedida na rodada de Beach Soccer




Na reta final da fase de grupos das Eliminatórias Sul-Americanas de Beach Soccer, duas partidas tiveram em comum as participações decisivas de goleiros e polêmicas sobre a bola ultrapassar a linha a ponto de legitimar um gol (ao ver a foto acima, o leitor afirmaria que a bola entrou?). Entretanto, Colômbia e Paraguai viram com olhos diferentes suas vitórias.




Os três pontos da Colômbia significaram a continuação do sonho de ir para o Mundial em Ravenna, na Itália. Por mais que a vitória sobre o Equador tenha sido por 9 a 4, a certeza dela atendeu pelo nome de Bolaño. Com sua alta estatura e muita elasticidade, o camisa 1 colombiano induziu os equatorianos a jogarem muitas oportunidades pela linha de fundo. Ao contrário de León, que mais uma vez ficou desolado entre as traves enquanto via a Seleção Colombiana caminhar no ritmo da grande partida do camisa 9 Cristo.



A sensação foi de que Paraguai e Venezuela decidiram surpreender os torcedores da Arena de Copacabana. Cada seleção, a seu modo, representou o papel previsto para o adversário. A seleção "Vino Tinto" trazia a arma do "goleiro-linha". Mas foi Molina que, debaixo das traves guaranís, marcou um gol. Quando todos esperavam a vitória tranquila dos venezuelanos, os paraguaios abriram diferença de três gols. E até quando a Seleção Venezuelana mostrou novamente sua garra em sair de resultados adversos - forçando uma prorrogação após empate em 6 a 6 - foram os paraguaios que terminaram o jogo com uma vitória por 8 a 7, em grande tarde de Zayas. Que valeu pela emoção, pela devoção, pelo desejo de não se entregar. Mas, infelizmente, não valeu uma classificação paraguaia. A vitória justa desta partida não era capaz de compensar as derrotas bisonhas para Brasil e Chile no início das Eliminatórias.

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Primeira e última foto do post: João Cláudio Tavares.

Segunda foto: Vinícius Faustini.