quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Goleada e exemplo



Por mais que o placar não tenha sido tão elástico quanto nos dois primeiros jogos das Eliminatórias, o 10 a 4 sobre o Chile foi o mais interessante para o Brasil até o momento. O público de Copacabana pôde ver a Seleção Brasileira de Beach Soccer lidando com adversidades que não tinham acontecido nos dias anteriores - e também ver as maneiras como esta equipe busca contorná-las.

Contra o excesso de faltas, a tentativa de não usar isto como artifício de trapaça. Das faltas marcadas, não se pode acusar qualquer jogador brasileiro de simulação. Provocação adversária também não foi usada como argumento para perder a cabeça.



E um fato inédito nestas Eliminatórias: o Brasil esteve com o placar adverso durante uma parte do jogo. Mas em nenhum momento o semblante de seus jogadores era de irritação ou desespero. Ninguém começou a apelar para chutões sem direção. Muito menos pegar a bola e tentar driblar todos os adversários na tentativa de se tornar "o herói do jogo".



Assim, a vitória voltou às mãos do Brasil com naturalidade. Por ser a equipe que mais apresentou vontade de ganhar. Por ser a equipe que mais tinha qualidade no confronto. E por sempre querer jogar de igual para igual com o time chileno.

Ser o Brasil não foi pretexto para desdenhar do Chile que ia de Jordy a Medina, de Ponce a Mena. Ser o Brasil do Beach Soccer era fazer por merecer os gols de André, Buru, Sidney, Anderson e Bruno Malías durante os 36 minutos. Muitas equipes - de todos os tipos de futebol e de todos os demais esportes - deveriam seguir o exemplo da Seleção Brasileira de Beach Soccer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário