sábado, 13 de agosto de 2011

Da nossa Seleção - Especial ZAGALLO (Parte 3)



Justamente quando a folha do calendário marca o dia 13 - que Zagallo considera seu número da sorte - o Por Dentro das Copas traz a lembrança daquela que é dita por muitos como a melhor Seleção Brasileira de todos os tempos. Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza, Everaldo, Clodoaldo, Gérson, Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivellino trouxeram em definitivo a Taça Jules Rimet para o Brasil. Todos sob o comando de Zagallo.



Depois da eliminação prematura na Copa de 1966 (ainda na primeira fase, ficando com o décimo-primeiro lugar tendo uma vitória e duas derrotas), a Seleção Brasileira passou a ser comandada pelo jornalista João Saldanha. Saldanha classificou o Brasil para a Copa de 1970 com 100% de aproveitamento, mas acabou sendo demitido do cargo por motivos que até hoje dão margem para a dúvida. Uns dizem que foi o empate em 1 a 1 com o Bangu num amistoso. Outros, por ser filiado ao Partido Comunista. Também se especula que ele se recusava a se submeter às diretrizes do então presidente da CBD, João Havelange. Mas o folclore associou sua demissão a uma declaração ao estilo "João Sem Medo". O presidente Emílio Garrastazu Médici pediu a convocação do atacante Dadá Maravilha. João respondeu: "o presidente escala o Ministério e eu escalo a Seleção!".

Para seu lugar, foi chamado Zagallo, que passou a ser treinador em 1967 e teve uma sequência de títulos em seu primeiro clube - o Botafogo. Além dos Cariocas de 1967 e 1968, o alvinegro foi campeão da Taça Brasil (que, ao lado do Campeonato Brasileiro de 1995 o maior título nacional da história do clube).


O escrete canarinho partiu rumo ao México, de onde voltou com o recorde de seleção que venceu todas as partidas que disputou na Copa do Mundo. Foram seis vitórias em seis jogos (somente em 2002, no penta sob o comando de Luiz Felipe Scolari, este feito foi igualado). Vieram partidas históricas, como o 1 a 0 sobre a Inglaterra do goleiro Gordon Banks, o 3 a 1 sobre o Uruguai, acabando com o "fantasma" de 20 anos antes e a fantástica vitória por 4 a 1 sobre a Itália na decisão.




A taça do mundo era nossa!


O título manteria Zagallo por mais uma Copa do Mundo. Entretanto, em 1974 o sucesso não foi o mesmo. Sem muitos jogadores que estiveram no México, o Brasil se classificou no limite na primeira fase, após empates sem gols com Escócia e Iugoslávia e uma vitória por 3 a 0 sobre o modestíssimo Zaire.



Sem se encontrar em nenhum momento, o Brasil não foi páreo para a "Laranja Mecânica" na semifinal. Após o 2 a 0 sofrido para a Holanda, a Seleção Brasileira daquele ano se despediu com outra derrota - o 1 a 0 para a Polônia deixou o Brasil em quarto lugar. Só que, 20 anos depois, Zagallo voltaria a estar num vitorioso banco de reservas. Assunto para o próximo post.

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