sábado, 6 de agosto de 2011

Tango para Ravenna



Drama, agressividade e o limite entre a tristeza e a explosão de alegria. Por mais que não se queira cair na mesmice de usar a metáfora do tango para falar da Argentina, a comparação ficou inevitável na vitória por 3 a 2 sobre a Venezuela, na semifinal das Eliminatórias Sul-Americanas de Beach Soccer. Até a sirene que anunciava o fim do terceiro período da partida, os argentinos eram só apreensão pela garantia da vaga na Copa do Mundo de Beach Soccer.



E a Argentina do técnico Francisco Petrasso tinha motivos para isto. Mal conseguiu vencer a forte marcação venezuelana com um gol marcado por Larrieta, em seguida sua equipe sofreu o gol de empate com Miguel. Era a senha de mais uma partida complicada. No segundo período, Gianluca conseguiu um feito inédito na competição: deixar os argentinos atrás do placar.




A vaga na final escorreu entre os dedos por quatro minutos - até um pênalti convertido por Dallera igualar novamente o placar. O relógio corria e aos poucos os treinadores usavam suas armas. Do lado argentino, a velocidade de Vivas e Levizamon. Na Venezuela, o técnico Roberto de Cavallo colocava Gianluca como "goleiro-linha" e ele tentava os chutes de longa distância. Em vão.



Veio o terceiro período. Depois de uma pressão intensa na área adversária, Franceschini conseguiu marcar o terceiro gol. Gol que apenas mudou o lugar da pressão - agora, os reservas argentinos pressionavam os companheiros a fazerem mais um. Cada chance desperdiçada era recebida com lamento. Um lamento que foi embora ao final da partida. O verso final anunciou a ida da Argentina para Ravenna.

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